Levando em consideração a sensibilidade sensorial, preferências individuais e a necessidade de rotinas estruturadas, aqui estão algumas dicas para ajudar sua criança, caso ela participe de atividades de Carnaval. Lembre-se antes de realizar uma preparação antecipada, fornecendo informações claras sobre o que esperar durante as atividades de Carnaval. Utilize um cronograma visual ou uma história social para ajudar na compreensão da sequência de eventos. Importante: Lembre-se sempre de adaptar as atividades de acordo com as necessidades individuais da criança, respeitando suas preferências e limitações sensoriais. Observar e responder às pistas de conforto ou desconforto é fundamental para garantir uma experiência positiva durante o Carnaval. 1°. Escolha fantasias confortáveis, com tecidos suaves para evitar irritações na pele. Permita que a criança experimente a fantasia antes do Carnaval para se acostumar com a sensação; 2°. Se ela gosta de máscara de super heróis, crie máscaras simples com materiais leves, evitando texturas desconfortáveis. Incentive a criança a decorar sua própria máscara de acordo com suas preferências; 3°. Crie um espaço com música suave ou utilize fones de ouvido com músicas que a criança aprecie. Incentive movimentos corporais suaves para evitar sobrecarga sensorial; 4°. Elabore uma caça ao tesouro com pistas visuais e sensoriais. Use objetos ou texturas que a criança goste como parte do tesouro; 5°. Crie um espaço tranquilo e acolhedor para a criança se retirar se sentir necessidade. Disponibilize objetos sensoriais, como almofadas macias ou brinquedos relaxantes, caso ela participe de atividades carnavalescas; 6°. Introduza atividades de movimento suave, como dança lenta ou movimentos rítmicos. Permita que a criança escolha seu próprio ritmo de participação. Por Fernanda Soares, psicodedagoga coordenadora da Clínica Mundo Kids – Núcleo de Desenvolvimento
O processo de aprendizagem não se resume apenas à assimilação de conhecimento, ele é moldado e impulsionado por um conjunto de habilidades cognitivas conhecidas como Funções Executivas.As Funções Executivas compreendem habilidades envolvidas no controle e direcionamento do comportamento, incluindo inibição de elementos irrelevantes, seleção, integração e manipulação das informações relevantes, habilidades de planejamento, flexibilidade cognitiva e comportamental, monitoramento de atitudes, memória de trabalho e mecanismos atencionais.Sendo assim, desempenham um papel fundamental no desenvolvimento e na aquisição de habilidades acadêmicas. A importância dessas funções para a aquisição de habilidades acadêmicas podem ser destacada da seguinte forma:Planejamento e Organização: ajudam os alunos a planejar suas atividades acadêmicas, como a elaboração de horários de estudo, a definição de metas de aprendizado e a organização de materiais.Memória de Trabalho: a memória de trabalho é fundamental para a retenção temporária de informações necessárias para a realização de tarefas acadêmicas. Isso inclui a capacidade de lembrar e manipular informações enquanto se está envolvido em atividades complexas, como a resolução de problemas matemáticos.Inibição e Controle Cognitivo: A capacidade de inibir impulsos e manter o controle cognitivo é vital para se concentrar nas tarefas acadêmicas e resistir a distrações, o que é especialmente importante durante a leitura, escrita e resolução de problemas.Flexibilidade Cognitiva: permite que os alunos adaptem suas estratégias de aprendizado conforme necessário. Isso é essencial para lidar com desafios acadêmicos imprevistos e para ajustar abordagens de estudo quando necessário.Autorregulação Emocional: As funções executivas desempenham um papel importante na regulação das emoções. Alunos que podem regular suas emoções de maneira eficaz estão mais propensos a enfrentar desafios acadêmicos com confiança e resiliência.Resolução de Problemas: capacidade de analisar problemas, desenvolver estratégias para resolvê-los e monitorar o progresso ao longo do tempo.Compreensão e Expressão Oral e Escrita: A inibição, a memória de trabalho e a flexibilidade cognitiva são especialmente importantes para o desenvolvimento da linguagem oral e escrita, bem como para a expressão eficaz de pensamentos e ideias.Tomada de Decisão: As funções executivas auxiliam os alunos na tomada de decisões informadas, tanto no contexto acadêmico quanto na vida em geral.Para os educadores, compreender a importância das Funções Executivas é fundamental. Estratégias de ensino que desenvolvem e fortalecem essas habilidades podem melhorar significativamente o desempenho acadêmico dos alunos. Atividades que promovem a organização, o planejamento e a autorregulação.Os pais também podem desempenhar um papel importante no desenvolvimento das Funções Executivas de seus filhos, fornecendo um ambiente que estimule desafios cognitivos, como, resolução de problemas, planejamento e organização, por meio de rotinas estruturadas.O desenvolvimento saudável das Funções Executivas é de extrema importância para o sucesso acadêmico. Intervenções que visam melhorar essas funções podem ter um impacto significativo no desempenho escolar e na capacidade dos alunos de enfrentar desafios acadêmicos de maneira eficaz. Em resumo, as Funções Executivas são a base sobre a qual se constrói o edifício do sucesso acadêmico. Ao reconhecer e nutrir essas habilidades, educadores e pais colaboram para criar uma base sólida na jornada educacional.Por Fernanda Soares, psicodedagoga da Clínica Mundo Kids – Núcleo de Desenvolvimento
O início de um novo ano escolar é um momento cheio de expectativas e desafios. Para as famílias com crianças autistas, esse período pode ser ainda mais significativo, exigindo uma abordagem cuidadosa e compreensiva. A transição de férias para a rotina escolar pode ser um desafio, mas com apoio e planejamento adequados, pode ser uma experiência enriquecedora para todos os envolvidos.Cada passo dado por essas crianças representa um avanço sobre as barreiras, e cada interação é uma oportunidade de aprendizado mútuo. É fundamental reconhecer a diversidade de necessidades e habilidades entre as crianças autistas. Algumas podem enfrentar desafios na comunicação, enquanto outras podem ter sensibilidades sensoriais específicas. No entanto, é igualmente importante destacar as inúmeras habilidades e talentos que cada criança traz consigo. Os educadores desempenham um papel fundamental nesse processo, agindo como facilitadores do aprendizado inclusivo. Estratégias que promovem a comunicação eficaz e a adaptação do ambiente escolar são essenciais. Incentivar a compreensão e a aceitação entre os colegas é igualmente valioso. Os pais também desempenham um papel importante nessa jornada. Seu apoio emocional e prático contribui para criar uma rede de suporte para as crianças autistas.Dessa forma, elaborei algumas dicas destinadas aos responsáveis, a fim de oferecer contribuições adicionais.1. Comunicação Aberta: A comunicação é fundamental. Manter um diálogo aberto entre pais, professores e profissionais da equipe multidisciplinar é essencial para entender as necessidades específicas da criança. Trocar informações sobre o que funciona bem em casa e na escola cria uma base sólida para o sucesso.2. Ambiente Amigável: Adaptações no ambiente escolar podem fazer toda a diferença. Certifique-se de que a sala de aula seja um espaço acolhedor e seguro, minimizando estímulos sensoriais excessivos. Às vezes, pequenas mudanças, como iluminação suave ou áreas tranquilas, podem fazer uma grande diferença.3. Rotina Estruturada: Crianças autistas muitas vezes prosperam em rotinas estruturadas. Trabalhe em conjunto com os professores para criar uma programação diária previsível. Isso proporciona segurança à criança, reduzindo a ansiedade e promovendo um ambiente propício para a aprendizagem.4. Ferramentas de Apoio: Explore ferramentas e recursos que possam auxiliar a criança no processo de aprendizado. Desde tecnologias assistivas até estratégias de ensino personalizadas. Cada criança é única! Encontrar métodos que atendam às suas necessidades específicas é fundamental.5. Sensibilização na Comunidade Escolar: Promova a sensibilização sobre o autismo dentro da comunidade escolar. Compartilhar informações relevantes e incentivar a empatia cria um ambiente inclusivo que beneficia não apenas a criança autista, mas toda a classe.6. Inclusão Social: Estimule a inclusão social. Atividades que promovem a interação entre todas as crianças, com ou sem autismo, fortalecem os laços na sala de aula. Incentive a compreensão mútua e celebre as diferenças, cultivando um ambiente onde cada criança se sinta valorizada.A volta às aulas para crianças autistas é uma jornada única, repleta de oportunidades para crescimento e descoberta. Com uma abordagem colaborativa entre pais, educadores e a comunidade escolar, podemos criar um ambiente que nutra o potencial de cada criança, independentemente de suas características individuais.Esteja aberto, esteja disposto a aprender e prepare-se para um ano escolar cheio de realizações e conquistas para todas as crianças.Por Fernanda Soares, Psicodedagoga Supervisora MK
Durante as férias, muitos crianças acabam se ausentando por alguns dias do Set Terapêutico, mas isso não pode ser motivo para faltar estimulação ou perder habilidades já adquiridas com as intervenções terapêuticas.É importante que seu filho continue a se desenvolver e progredir, mesmo fora do ambiente terapêutico.Para isso, a consistência é a chave!Estimulando os aprendizados da terapia em casa é possível manter e ampliar os avanços alcançados.Por isso, hoje separei algumas dicas de estratégias que podem ser úteis para intervir de forma eficaz em casa:1. CONTINUAR ESTIMULANDO OS APRENDIZADOS DA TERAPIA: os ensinamentos adquiridos durante as terapias não devem parar quando as férias começam. Encontre maneiras de integrar esses aprendizados nas atividades diárias em casa. Por exemplo, se a terapia incluiu atividades de linguagem, você pode incorporar histórias para leitura em casa ou jogos interativos que promovam a comunicação.2. APLICAR PROGRAMAS DO PEI: se a possui um Programa de Ensino Individualizado (PEI), reserve um tempo diário para trabalhar nesses programas em casa, mesmo que apenas alguns minutos. Isso pode ser feito através de atividades estruturadas que reforcem o que foi aprendido no consultório, como quebra-cabeças para estimular habilidades motoras ou jogos educativos para estimular a cognição.3. SEGUIR AS INSTRUÇÕES DA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL: a equipe que trabalha com seu filho fornece direcionamentos valiosos frequentemente. Durante as férias, é essencial seguir essas orientações e recomendações.4. CRIAR ROTINAS ESTRUTURADAS: mesmo durante as férias, manter uma rotina estruturada pode ser reconfortante para seu filho. Isso não significa que cada minuto precisa ser planejado, mas ter horários regulares para refeições, atividades, momentos de descanso e atividades recreativas pode trazer estabilidade ao ambiente.5. COMUNICAÇÃO ABERTA COM A EQUIPE DE SUPORTE: mantenha uma comunicação regular com a equipe terapêutica ou profissionais que trabalham com seu filho. Relate o progresso, desafios encontrados e peça orientações para adaptar as estratégias em casa sempre que necessário. A equipe do seu filho jamais te deixará desamparado (a) mesmo durante as férias.Ao manter uma abordagem consistente, incorporar os aprendizados terapêuticos no ambiente familiar, aplicar programas específicos, seguir as orientações da equipe multiprofissional e criar uma rotina estruturada, você pode oferecer um ambiente favorável para o desenvolvimento contínuo da criança, mesmo fora do ambiente terapêutico.Por Ana Júlia ArantesTerapeuta da Clínica Mundo Kids - Núcleo Especializado
Os fogos de artifício podem ter um impacto significativo nas pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) devido à sua natureza imprevisível e estímulos sensoriais intensos.O ruído alto e repentino dos fogos de artifício pode causar desconforto e ansiedade em indivíduos com TEA devido à sensibilidade auditiva. Além disso, as luzes brilhantes e piscantes podem ser avassaladoras e perturbadoras para quem tem sensibilidade visual.Para minimizar o impacto nos indivíduos com TEA, é importante considerar alternativas aos fogos de artifício, como shows de luzes silenciosos ou eventos sem barulho.Além disso, é essencial fornecer um ambiente seguro e tranquilo para aqueles que preferem evitar os estímulos sensoriais intensos associados aos fogos de artifício.É importante lembrar que o TEA é um espectro e as reações podem variar de pessoa para pessoa. Algumas pessoas com TEA podem não ser afetadas pelos fogos de artifício, enquanto outras podem experimentar um desconforto significativo.Respeitar as necessidades individuais e garantir inclusão é fundamental para criar um ambiente mais acessível para todos.
O final do ano é um período repleto de alegria, mas para muitas famílias com crianças autistas, pode trazer desafios significativos. Nessa época de festividades, as mudanças na rotina e as intensas estimulações podem causar uma exaustão social nas nossas crianças autistas.Isso acontece porque as festas de fim de ano geralmente vêm acompanhadas de agitação, decorações vibrantes, sons altos e uma série de eventos sociais com os quais a criança não está acostumada a lidar no dia-a-dia, na sua rotina, o que pode gerar sobrecargas sensoriais que, em alguns casos, podem levar a crises conhecidas como "meltdowns".Os meltdowns são reações intensas devido à sobrecarga sensorial ou emocional, levando a comportamentos desafiadores ou até mesmo a um “desligamento emocional temporário”, em casos extremos também pode se converter em sintomas físicos de adoecimento, como estados de febre, por exemplo. Em períodos de festividades, esses meltdowns podem ser mais frequentes devido ao aumento das atividades sociais e à falta de previsibilidade na rotina.Além dos desafios enfrentados pelas crianças, os pais também podem experimentar uma exaustão emocional e física significativa. O esforço para gerenciar as necessidades das crianças durante esse período pode ser esgotante e encontrar tempo para autocuidado torna-se essencial para os pais poderem estar emocionalmente disponíveis e capazes de manejar adequadamente as demandas dessa temporada.Por isso é importante sempre reforçar: sabemos que nossas crianças têm os próprios limites que devem ser respeitados, mas você, pai e mãe, também precisa reconhecer e respeitar os seus próprios limites!!O seu autocuidado não é um luxo, mas sim uma necessidade! Encontrar momentos de descanso e relaxamento em família é fundamental para recarregar as energias. Por isso, neste período de festividades, é importante encontrar um equilíbrio entre desfrutar das celebrações e manter um espaço seguro, saudável e previsível para as crianças, mas também para vocês, pais.E lembre-se: vocês não precisam passar por isso sozinhos. Não hesite em procurar apoio familiar, de amigos ou mesmo profissional para auxiliá-lo nesse momento...Ana Júlia ArantesAssistente Terapêutica MK
Quando nos aproximamos das festas de fim de ano, é normal que famílias estejam animadas com os preparativos, mas também preocupadas em relação às mudanças na rotina e como elas podem afetar os seus filhos, uma vez que, para crianças autistas, essas celebrações essas mudanças podem ser desafiadoras. Por isso, uma ferramenta valiosa que pode ajudar a suavizar essa transição e trazer um pouco mais de aproveitamento das festas para a criança e para a família é o uso de "Histórias Sociais".Uma História Social é uma ferramenta visual que utiliza imagens e texto para descrever uma situação social específica, ajudando a criança a compreender e antecipar o que pode acontecer em determinada situação, nesse caso as comemorações de final de ano. Ao criar uma História Social para as festas de fim de ano, os pais podem oferecer à criança um roteiro visual e descritivo do que esperar durante esses eventos, como por exemplo a mudança na rotina, a presença de familiares e amigos, a decoração especial, os tipos de alimentos que estarão disponíveis e as possíveis atividades planejadas. Além disso, é crucial enfatizar que essas mudanças são temporárias e que a rotina habitual será retomada após o evento.Para crianças autistas, esse tipo de previsibilidade é essencial! A previsibilidade, ajuda a reduzir a ansiedade da criança, proporcionando uma sensação de controle sobre o que está por vir. Assim, ao entender melhor o que esperar, a criança pode se sentir mais preparada e confortável durante as festividades, minimizando possíveis episódios de crises.É fundamental adaptar a História Social de acordo com as necessidades e interesses específicos da criança. Utilize sempre linguagem clara e simples, juntamente com imagens ou ilustrações que sejam visualmente atraentes e compreensíveis para a criança.Além disso, lembre-se de que a prática da História Social não se restringe apenas à preparação para as festas de fim de ano. Essa técnica pode ser aplicada em diversas situações do cotidiano, oferecendo suporte para a compreensão e adaptação da criança autista em diferentes contextos sociais. Ao oferecer previsibilidade e informações claras sobre o que esperar durante esses eventos, os pais podem contribuir significativamente para tornar as celebrações mais confortáveis e agradáveis para seus filhos e também para si mesmos...Ana Júlia Arantes Assistente Terapêutica
As sobrecargas sensoriais no autismo referem-se a uma reação intensa e avassaladora a estímulos sensoriais do ambiente, que pode ser desencadeada por um ou mais sentidos (visão, audição, olfato, tato, paladar) de forma simultânea ou isolada. Isso ocorre pela dificuldade do cérebro em processar ou regular essas informações sensoriais.As sobrecargas podem ocorrer em diferentes ambientes, como locais com muitos ruídos, luzes brilhantes, multidões, cheiros fortes, cores fortes, texturas desconfortáveis ou outras situações que envolvam uma grande quantidade de estímulos sensoriais ou um único estímulo em uma intensidade maior. Em geral, as sobrecargas ocorrem devido ao Transtorno do Processamento Sensorial (TPS) e apesar de maior prevalência, não ocorre somente em indivíduos com TEA. É importante ressaltar que um ser humano pode ter o TPS e não ser autista.É necessário destacarmos também, que um estímulo sensorial considerado forte, exagerado ou insuportável para o autista, pode ser algo tranquilo ou leve para uma pessoa típica.Isso porque o cérebro da pessoa autista processa as informações sensoriais de uma forma diferente do cérebro de uma pessoa não autista.Uma aborgagem essencial para diminuir essas sobrecargas sensoriais, é a Terapia Ocupacional que oferece:Avaliação Sensório-motoraIntegração SensorialDesenvolvimento de Estratégias de AutorregulaçãoAmbiente adaptadoUso de Ferramentas SensoriaisTreinamento de Habilidades Motoras e muito mais. Além de intervenções adequadas, é fundamental respeitarmos as necessidades sensoriais de cada pessoa e proporcionar ambientes mais adaptados e acolhedores para reduzir a ocorrência de sobrecargas sensoriais e promover qualidade de vida e bem-estar à todos.Por Débora Oliveira, Autista, TDAH e ativista da causa autista
O Transtorno do Espectro Autista – TEA é considerado como uma alteração complexa do neurodesenvolvimento que acomete principalmente nas áreas sociais, de comunicação e com presença de interesses restritos e ou comportamentos estereotipados, ou seja, comportamentos que não são funcionais para se comunicar, mas sim de auto regulação. Atualmente estima-se que a prevalência seja de 1 para 32, esse número vem sendo crescente ao longo dos anos. Não existe cura para o Autismo, e sim tratamentos que auxiliam na diminuição dos sintomas através de repertórios que são adquiridos por meio das intervenções. Vale ressaltar que quanto mais cedo iniciar com as intervenções, melhor será a qualidade de vida do autista. Tais intervenções não necessitam diretamente de ter um diagnostico fechado. Se a sua criança apresenta atrasos nos marcos do desenvolvimento, corra para intervir nesses atrasos. Há poucas explicações para o número crescente de Autismo, a causa que prevalece continua sendo a genética. Neurocientistas explicam alguns fatores que contribuem para o diagnostico, como fatores ambientais, idade dos pais por exemplo é uma delas, além dos genes que sofrem uma piora ao longo dos anos e a predisposição de ambas as partes, sendo paterna e materna. Os sinais podem ser vistos desde muito cedo (bebê) ou até mesmo na fase adulta.Para identifica-los precocemente faz-se necessário que a criança seja avaliada por profissionais especializados e bem treinados. Como médicos que atuam na área e psicólogos - Analistas do Comportamento. Identificar o autismo desde cedo é essencial, tendo em vista que as janelas de aprendizagem estão completamente abertas para se desenvolverem e são milhões de neurônios atuando no cérebro por segundos tentando formar sinapses de aprendizagem. Então quanto mais cedo intervir, melhor caminhara o prognostico. Como identificar os sinais? Os sintomas variam de acordo com a criança, porém as dificuldades se caracterizam sempre na comunicação social e na presença de comportamentos disfuncionais e ou interesses restritos. Linguagem Receptiva: a criança normalmente não atenta ao ser chamado pelo nome, não estabelece ou faz pouco contato visual, e que por vezes, não se sustenta; Não obedece aos comandos simples do adulto como: senta, levanta, pega, me dá, guarda, dar tchau, entre outros...Linguagem Expressiva: a criança se comunica usando a mão do adulto para obter o item desejado, não aponta, tem dificuldade para elaborar um pedido, construir frases, repete o que o outro fala, produzindo assim o que chamamos de ecolalia imediata. Comportamento Social: Não imita ou imita pouco as ações dos pares e dos adultos;Falta de interesse em outras pessoas, principalmente em brincar com os pares;Direciona o olhar para objetos e ignora as expressões faciais do adulto/pares;Dificuldade em estabelecer um diálogo; Tem preferência em brincar sozinho, não dá a função correta para o brinquedo, explora, mas não brinca; Rigidez de pensamento: sofrem com alteração de rotina e mudança de algo e o na forma de brincar, mania de enfileirar brinquedos, virar rodas, gostar de itens que giram e se movimentam; Dificuldade de entender e expressar as emoções.Comportamentos Motores: anda na ponta dos pés, faz movimentos com as mãos, principalmente quando está feliz. Alto prazer em ficar pulando e girando. Sono: alteração na rotina do sono, despertar principalmente nas madrugadas Alimentação: restrição e ou seletividade alimentar;Não aceita determinados alimentos pela textura e ou cheiro; Fazem uma seleção de alimentos pela cor; Tratamento - Procure por um Especialista! O tratamento com evidência de eficácia, segundo a Associação Americana de Psiquiatria-APA, é a terapia de intervenção comportamental — aplicada por psicólogos. A mais usada delas é a terapia com uso dos procedimentos da ABA - Análise Aplicada do Comportamento, embora existam outros. Como o tratamento para autismo é interdisciplinar e adequado as necessidades especificas dos indivíduos, ou seja, além da psicologia, pacientes podem se beneficiar com intervenções de fonoaudiologia, terapia ocupacional, musicoterapia, entre outros.Para mais informações, entre em contato conosco e agende uma consulta com um dos nossos especialistas! Por Juliana Moura, CEO da Clínica Mundo Kids - Núcleo de Desenvolvimento e Idealizadora do Parque Azul